10/02/2012 16:39

Humanizar o atendimento é preciso.

Por Reginaldo Tech

           

Humanizar o atendimento é preciso.

 

A Humaniza Brasil escolheu como projeto principal para 2012 a disseminação de trabalhos de humanização na saúde. Essa ideia surgiu diante da atual situação da saúde no Brasil. A imprensa noticiando situações precárias na saúde, parte da população com problemas de atendimento, pessoas que não conhecem a realidade do sistema de saúde dando palpites indevidos e os gestores correndo atrás do prejuízo.

No estado de São Paulo, temos a certeza de que o usuário do sistema de saúde é atendido, claro que com muitos problemas, que precisam ser sanados, mas é atendido sim. Talvez, com uma qualidade mediana, um tempo de espera maior do que o necessário, porém, o usuário faz consulta, exames e recebe remédios.

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde tem se empenhado muito para que a “máquina da saúde” consiga funcionar a contento, porém, ainda existem muitos problemas a serem resolvidos, como as questões salariais, a estrutura muito emperrada, a necessidade de gestão mais estratégica e a importância do atendimento humanizado e acolhedor.

Em resumo: tanto Ministério, quanto Secretaria de Estado, acabam fazendo a gestão através de decretos, programas e ofícios, ficando na responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde a gestão na ponta, o que é o óbvio. Contudo, é preciso menos burocracia e mais prática, inclusive com educação permanente e encontros mais práticos para que se inverta as prioridades. Ou seja, o relatório não pode ser mais importante do que o atendimento de qualidade.

Assim, a Humaniza Brasil se mobiliza para abrir espaço ao Atendimento com gestão estratégica e humanizada, pois de que adianta existir uma portaria de acolhimento com classificação de risco, se as pessoas que atendem não estão sensibilizadas e preparadas para realizar um atendimento desse nível.

A gestão da porta de entrada é um entrave, já que os relatórios ainda são mais importantes. E essa gestão não se faz apenas através de protocolo bem definido, mas de concretização desse protocolo. Daí, a necessidade de ações proativas e assertivas na gestão da saúde nos municípios.

É preciso investir em equipamentos, mas os equipamentos não melhoram o atendimento ao usuário; é necessário que existam mais possibilidade de consultas e exames, no entando, não é a quantidade de procedimentos que vai melhorar o atendimento; é urgente que se reestruture os pronto-atendimentos (o que está acontecendo com a instalação das UPAS), porém, não se pode deixar a porta de entrada na mesma situação que sempre esteve.

E qual é o caminho? Acreditamos que seja tornar o ano de 2012 fundamental para mudanças de alguns paradigmas. O primeiro: inverter a prioridade, fazendo do atendimento de qualidade, já a partir da porta de entrada, um elemento vital no processo de gestão; segundo: colocar o desenvolvimento humano, feito de maneira prática, como o ponto de partida para cada ação; e terceiro: ir mudando a ação aos poucos, procurando construir de maneira efetiva a saúde preventiva, que começa no atendimento humanizado e acolhedor.

Nesse caso, atendimento humanizado e acolhedor não pode ser visto apenas como experiências voluntárias e ações alternativas de acolhimento, relegadas sempre a um segundo plano, mas como prioridade absoluta, que possibilite a definição de metas e estratégias mais rápidas para a melhoria do atendimento aos usuários e aos trabalhadores da saúde. O caminho é o desenvolvimento humano! E este é um projeto que vai mexer com o centro-oeste paulista.

 

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