Consumo moderado de café traz benefícios
Por Tatiane Godoi
Consumo moderado de café traz benefícios
O café é uma das bebidas mais consumidas ao redor do mundo. O Brasil é o maior produtor e consumidor da bebida, que geralmente é servido quente, mas existem ótimas receitas geladas. São poucas as pessoas que não degustam ao menos uma xícara logo pela manhã, depois do almoço ou durante o expediente de trabalho. No entanto, pouca gente sabe que doses moderadas da bebida podem trazer muitos benefícios à saúde, além do simples prazer da degustação.
São diversos os benefícios no consumo moderado do café. A bebida melhora o humor, ajuda na concentração, favorece o desempenho na atividade física, no funcionamento do sistema cardiovascular, estimulando o coração e auxilia no controle da depressão. Mas esses benefícios estão associados ao consumo moderado, não ultrapassando 4 xícaras ao dia (200 ml), por causa da cafeína encontrada em torno de 1 a 2,5%.
No consumo exagerado, o café tem seus malefícios, como: interferência na absorção do cálcio, necessitando o aumento do consumo deste mineral (encontrado principalmente no leite e seus derivados); aumenta a secreção gástrica e sensibiliza a mucosa gastrointestinal, podendo causar desconforto gástrico, azias e refluxo; inibe a absorção do ferro presente em alimentos de origem vegetal como o feijão, beterraba e couve, entre outros; e o consumo acima de 5 xícaras por dia pode levar ao aumento da pressão arterial.
A bebida possui pequenas quantidades de minerais, como o potássio, magnésio, sódio e fósforo. Também tem pequena quantidade de proteínas e gorduras. E quando consumido sem açúcar, não possui calorias. O indicado é consumir com adoçante. Uma xícara de café com leite, com 200 mililitros (ml) da bebida, tem 128 calorias (Kcal). Uma xícara com o mesmo tamanho, mas apenas de café com leite, sem açúcar, possui 88 Kcal. O café puro, com açúcar, tem 33 Kcal numa xícara de 50 ml.
Cafeína
A cafeína é hoje considerada como a substância psicoativa mais consumida em todo o mundo, por pessoas de todas as idades, independente do sexo e da localização geográfica. Através de suas fontes comuns na alimentação, que são chá, café, produtos de chocolate e refrigerantes, o consumo mundial de cafeína é estimado em mais de 120.000 toneladas por ano.
Entre os alimentos que contém este alcalóide, o café é o que mais contribui para a sua ingestão. Se o consumo do café ultrapassar muito além do meio litro diário, ele pode estimular a taquicardia (aumento do batimento cardíaco), que vem favorecer o risco de infarto ou arritmia no coração, e a gastrite e outras doenças gástricas. Por isso é recomendado nunca tomá-lo de estômago vazio. Tais efeitos são também responsáveis pela cafeína em excesso em outras bebidas, como os energéticos.
Esse produto é muito consumido entre os jovens, que têm o costume de misturar o energético com bebida alcoólica. Mas uma bebida não influencia a outra, ou seja, o grau de “loucura” não vai aumentar pelo fato de ingerir energético com vodka, whisky e cachaça, entre outras bebidas. A pessoa fica mais “ativa” apenas consumindo o energético, porque a cafeína em excesso pode trazer insônia e super-excitação. Por isso, a recomendação é tomar o último café até as quatro da tarde, para não atrapalhar o sono.
Diferente do que muitos acreditam, o café não vicia. O que existe são sintomas da retirada da cafeína, quando alguém para de ingeri-lo frequentemente. Um desses sintomas é a dor de cabeça. A cafeína tem propriedade farmacológica, por isso está presente em alguns remédios para o tratamento de dor, controle do peso, alívio de alergias, entre outras patologias.
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