Cidade de Tupi Paulista- 02/02
Penitenciária Feminina de Tupi Paulista tem apenas 5 meses e já atende 95% de sua capacidade
16 recém-nascidos e suas mães se beneficiam do projeto "Espaço Mãe"
TUPI PAULISTA - A Penitenciária Feminina (PF) de Tupi Paulista foi inaugurada em agosto do ano passado e já abriga 680 detentas, segundo informações da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). A unidade foi a segunda entregue pelo Estado planejada para atender as necessidades das mulheres presas, principalmente ligadas à saúde.
A unidade tem 19.142,34 m² com capacidade para abrigar 714 detentas, sendo 660 no regime fechado e 54 no regime semiaberto. Sua inauguração possibilitou o esvaziamento de muitas cadeias da região, inclusive o fechamento da cadeia feminina de Tupi Paulista. Hoje, com cinco meses de funcionamento, a penitenciária já atende a 95% de sua capacidade.
Por ser uma unidade modelo, a PF de Tupi Paulista conta com setores destinados a amamentação, creche, biblioteca, pavilhão de trabalho e visita íntima.
MÃES NA PRISÃO - Através do projeto “Espaço Mãe”, 16 mães presas amamentam seus bebês durante os seis primeiros meses. Elas são acolhidas em um espaço aconchegante, com local para banho, trocador, lactário (para preparo do leite) e área de recreação. O projeto recebe o apoio da Funap (Fundação Profº Dr. Manoel Pedro Pimentel).
Em outubro do ano passado, a unidade deu início aos encontros do projeto “Meu bebê, minha vida”, que visa conscientizar as gestantes a respeito de valores, comportamentos e ações. Dezoito presas grávidas e duas mães participaram de reuniões semanais, na ala de amamentação da unidade.
Durante seis semanas, foram realizadas dinâmicas reflexivas, palestra educativa sobre direitos básicos da mãe durante a gestação e pós-parto, conscientização sobre a importância e os benefícios do aleitamento materno e os cuidados com o recém-nascido, exibição de filmes com foco na responsabilidade da maternidade, estreitamento das relações afetivas entre mãe e bebê, além do “Café Gestante” – uma parceria entre o Centro de Trabalho e Educação e a Padaria Artesanal da unidade. Os temas tratados são revistos a cada mês, até o nascimento dos bebês.
RESSOCIALIZAÇÃO - O projeto “Padarias Artesanais” do Fundo Social de Solidariedade oferece capacitação profissional às detentas. No curso são ensinadas técnicas básicas para o preparo de pães artesanais. São receitas simples e elaboradas a partir do aproveitamento de vegetais, como hortaliças e frutas. O projeto tem o objetivo de ressocializar às mulheres presas, que podem obter renda através da fabricação e vendas dos produtos.
Fonte: Jornal Diário / Portal Notícias (Tupi Paulista)
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