06/02/2012 22:44

Campanha vai focar prevenção de DSTs a jovens entre 15 e 24 anos

 

 

Enviado Por Eliziane Oliveira.

CARNAVAL

Campanha vai focar prevenção de DSTs a jovens entre 15 e 24 anos

 

            Ministério da Saúde já articula campanha para a prevenção de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), aids e hepatites para os dias de folia. Por conta disso, o Programa Municipal de Prevenção às DSTs, Aids e Hepatites da SMS (Secretaria Municipal da Saúde) já está programando atividades  a serem desenvolvidas no período, com a distribuição de cerca de 60 mil preservativos. (veja quadro)

 

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal, Eliziane Aparecida de Oliveira, a campanha de estímulo ao uso do preservativo no carnaval tornou-se  estratégia fundamental do Ministério da Saúde para o enfrentamento do HIV/aids, e que neste ano a campanha tem como foco principal os jovens entre 15 e 24 anos, gays e heterossexuais.

 

Ela explica que dados epidemiológicos do governo federal apontam um maior número de infecção nesta faixa etária, por isso o direcionamento da campanha para este público. O tema será: Se Rolar, Use Camisinha.

 

A coordenadora afirma que este ano a campanha será dividida em dois momentos: ‘pré e pós-carnaval’. No período anterior ao Carnaval, o programa de DST/AIDS visa alertar toda população quanto à prevenção, com prioridade aos jovens.

 

            Para isso, o município receberá material de divulgação com cartazes que apontam o quanto pode acontecer de situações durante o carnaval (casal homem e mulher, casal homem com homem e casal homem com travesti) e com as seguintes frases: “Isso rola muito” (perto do casal); “Esperar por isso não rola” (ao lado do preservativo).

 

“Assim como nos anos anteriores, após o carnaval, o Ministério da Saúde irá veicular na mídia mensagens de estímulo ao diagnóstico em todo Brasil, e em Marília, será agendada um dia de testagem pós-carnaval no Terminal Rodoviário Urbano. Em princípio, a data provável desta ação será em 23 de abril, observando assim o período posterior à janela imunológica (espaço de tempo entre a contaminação e a detecção de anticorpos da doença)”, afirma Eliziane.

 

ATIVIDADES

O Programa Municipal de Prevenção de DSTs, Aids e Hepatites organizou esquema de trabalho nas duas noites de festividades do carnaval de rua. Além disso, será enviada uma quantia extra de insumos de prevenção às Unidades de Saúde.

 

A mensagem pré-carnaval foca a prevenção ao HIV e promove o uso do preservativo. “Estaremos divulgando onde e como fazer o teste de HIV e também orientando os foliões sobre as DSTs, como se prevenir do vírus HIV e distribuindo gratuitamente preservativos”, afirma a coordenadora.

 

No trabalho pós-carnaval – relata Eliziane – “será enfatizada a necessidade de se realizar o teste de HIV, sífilis e hepatites para quem não se preveniu em qualquer relação sexual, seja com parceiro casual ou fixo”.

 

Eliziane lembra que independentemente da estratégia realizada no período de Carnaval, o município realiza trabalho de conscientização e prevenção diariamente, na rotina de trabalho do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) e do SAE (Serviço de Assistência Especializada), porém durante este período o trabalho é intensificado.

 

 

 

PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES ESPECIAIS PARA O CARNAVAL

 

 

   dia                         atividades

 

13 a 17/fev    Distribuição de materiais educativos e preservativos no Poupa Tempo

 

16/fev            Dia de Testagem Rápida Diagnóstica para HIV e distribuição de materiais

                        educativos e preservativos na Upes (Terminal Rodoviário Urbano)

 

17/fev           Dia de Testagem Rápida Diagnóstica para HIV e distribuição de materiais

          educativos e preservativos na Ação de Saúde da USF Parque das Nações

 

18/fev           Barraca da Prevenção no carnaval de rua durante a noite

 

20/fev           Barraca da Prevenção no carnaval de rua durante a noite

 

23/abr*         Dia de Testagem Rápida Diagnóstica para HIV e distribuição de materiais educativos e preservativos na Upes (Terminal Rodoviário Urbano)

 

*data sujeita a alteração

 

 

 

BOX 1

Cidade registrou 63 novos portadores de HIV em 2011

 

Marília registrou no ano passado 63 novos portadores do HIV, o vírus da aids. O levantamento demonstra que o município vive tendência de redução seguindo a estabilidade.

 

“A epidemia vem apresentando esta tendência, a partir da segunda metade dos anos 2000. Foram 92 casos em 2006; 70 no ano seguinte; 66 em 2008; 60 em 2009, e 61 casos em 2010”, afirma a coordenadora do Programa Municipal de Prevenção às DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites da SMS (Secretaria Municipal da Saúde), Eliziane Aparecida de Oliveira.

 

De acordo com a planilha, de 1985 – quando houve o primeiro registro da doença no município – até 2011, Marília notificou 1.814 casos de HIV positivo e aids, com 127 óbitos pela doença no mesmo período.

 

Eliziane explica que no ano passado, o Programa Municipal realizou levantamento sobre a evolução clínica de pessoas diagnosticadas com HIV positivo (com o vírus, mas sem sintomas da doença), e foi constatado a evolução de parte deste grupo para aids (com infecções oportunistas).

 

“Com esta reclassificação, o número de casos notificados como aids em 2011 foi de 204, sendo que destes 141 eram casos que evoluíram de HIV positivo para aids, e 63 ocorrências novas de portadores de HIV”, diz a coordenadora.

 

O levantamento revela, ainda, que a epidemia de aids em Marília concentra-se entre adultos jovens, sendo que a maioria deles fez o diagnóstico entre os 20 e 34 anos.

 

“Esta realidade aponta a importância de políticas preventivas entre adolescentes, como o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, implantando no município desde 2007, já que muitas pessoas diagnosticadas a partir dos 20 anos podem ter se infectado ainda quando eram menores de idade”, analisa Eliziane.

 

A pesquisa indica que pouco mais da metade dos casos de transmissão de HIV registrados na cidade ocorreu pela exposição sexual desprotegida entre heterossexuais, desconstruindo a noção histórica da aids ser uma epidemia relacionada aos homossexuais masculinos (responsáveis por aproximadamente 11% das infecções). Até 1996, o uso de drogas endovenosas era a maior causa de transmissão do HIV em Marília, sendo substituído após 1997 pelas relações heterossexuais.

 

 

 

BOX 2

Município realiza ações exemplares de prevenção

 

O Programa Municipal de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) desenvolve trabalho de qualificação do atendimento para pessoas com DSTs, HIV ou aids na Rede Básica Municipal. As ações são reconhecidas como exemplares pelo Programa Estadual de Prevenção em DST/Aids (Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids).

 

“Maior acesso ao atendimento, melhor acolhimento, menor incidência da doença que na média estadual, agilidade na notificação, eliminação da transmissão vertical há três anos de aids, e agilidade no uso de recursos destinados às ações de combate e controle de doenças sexualmente transmissíveis são fatores de diferenciam Marília no trabalho de prevenção da doença”, afirma a coordenadora do Programa municipal, Eliziane Aparecida de Oliveira.

 

A estrutura descentralizada montada no município, aliada à disponibilidade de medicamentos, à distribuição de preservativos, e à orientação de métodos preventivos e contraceptivos também contribuem para a performance positiva de Marília em relação às estatísticas de DSTs e aids. O município está abaixo da média estadual em número de casos e a redução de incidência das doenças confirma este trabalho.

A coordenadora comenta que a atenção às DSTs é descentralizada e se baseia em protocolos de Abordagem Sindrômica, realizando atendimentos para PVHA (Pessoas que Vivem com HIV ou Aids) em um SAE (Serviço de Atendimento Especializado), que oferece testagem facilitada por meio do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) e atua na prevenção em escolas através do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, implantado em 26 escolas públicas estaduais (83% da Rede Estadual na cidade) em parceria com a Diretoria Regional de Ensino.

 

O Programa Municipal possui articulação e atuação efetiva na Rede Básica de Saúde para diagnóstico de HIV, outras DSTs e hepatites, com atenção descentralizada por abordagem sindrômica das DST curáveis, e conta em sua estrutura com o SAE, que atende aproximadamente 400 pessoas vivendo com HIV, um CTA, que faz uma média de 160 pré-testes por trimestre.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da prefeitura de Marília.

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