SÃO PAULO - A Secretaria de Segurança Pública da Bahia registrou 18 homicídios no Estado, desde a meia-noite e 6h41 desta sexta-feira, 3. Desse total, 15 mortes ocorreram apenas em Salvador. Outras duas foram em Ipitanga e uma em Madre de Deus, ambos localizados na região metropolitana de Salvador.
Os casos, mais que o triplo da média diária de assassinatos registrados na cidade no ano passado (4,2), ocorreram durante a paralisação parcial da Polícia Militar no Estado, iniciada na terça-feira, 31, mas, segundo a SSP, os casos não têm relação direta com o movimento grevista. Devido a paralisação, comércios de Salvador estão sendo saqueados por criminosos. Uma chacina foi registrada no bairro de Engomadeira, que deixou três homens mortos e um ferido - atingido por um tiro no pé.
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas. Entre os casos também está o assassinato de um percussionista do Olodum, Denilton Cerqueira, de 34 anos. Segundo relatos, ele teria sido abordado por dois homens quando chegou em casa, no bairro da Mata Escura, em sua moto. Os homens teriam roubado o veículo e atirado em seguida no músico, que não resistiu aos ferimentos.
Rede regional. O governador Jaques Wagner fala nesta sexta-feira, 3, às 20h, em cadeia regional de rádio e TV, sobre a situação da segurança pública no Estado da Bahia. O anúncio será feito em razão da paralisação parcial da Polícia Militar iniciada pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), uma das entidades que representam a classe. Os cerca de dois mil filiados à Aspra, de um total de 32 mil PMs e bombeiros da Bahia, decidiram paralisar as atividades para cobrar a incorporação de gratificações aos salários e a regulamentação para o pagamento de adicionais.
Fonte: Estadão