28/02: Militares mortos na Antártica são promovidos e homenageados em base aérea no Rio | Agência Brasil

Militares mortos na Antártica são promovidos e homenageados em base aérea no Rio

Repórteres da Agência Brasil: Flávia Villela e Vitor Abdala

 

Rio de Janeiro - Os dois militares mortos no incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, o ex-suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e ex-sargento Roberto Lopes dos Santos, foram homenageados hoje (28) na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Durante a cerimônia, os dois foram promovidos a segundo-tenente e condecorados com a Ordem do Mérito da Defesa, a Medalha Naval de Serviços Distintos e a Honra ao Mérito, grau de comendador.

 

A homenagem foi feita em um hangar da base, logo depois da chegada dos corpos, às 8h50 de hoje. A chegada dos caixões ao hangar causou comoção aos parentes que viram pela primeira vez os militares mortos.

 

Cobertos pela bandeira do Brasil, os caixões logo receberam os retratos dos dois. O comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, destacou o heroísmo dos militares que 'ofereceram suas vidas no cumprimento do dever' e lamentou o incêndio ocorrido no último sábado (25) 'que reduziu a cinzas uma parcela significativa da pesquisa científica [antártica] brasileira'.

 

O vice-presidente da República, Michel Temer, salientou que a morte dos militares não foi em vão. 'Eles devem servir de exemplo para a família, os filhos, os representantes da Marinha e a sociedade como um todo'. O ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou 'que a perda é sempre irreparável, mas não será esquecida'. Amorim chamou os dois militares de 'heróis que tombaram no cumprimento do dever'.

 

Muito abalada, a viúva de Carlos Alberto Vieira Figueiredo, Nilza Costa Figueiredo, lembrou que, em seus 26 anos de casamento, só tem boas lembranças. 'Foi um marido, filho, homem, companheiro, amigo maravilhoso. Não tenho o que reclamar. Foram uma bênção esses anos todos', disse.

 

Geisa Lopes, tia de Roberto Lopes dos Santos, disse que ficou sabendo da morte do sobrinho pela televisão. 'Foi uma fatalidade, que aconteceu lá, mas que poderia ter acontecido em qualquer lugar.'

 

O pesquisador Márcio Tenório, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais, estava há 40 dias na Estação Comandante Ferraz, quando ocorreu o incêndio. Nesse período, conviveu com os dois militares. 'A perda da minha pesquisa foi total, mas nada se compara às vidas. Isso aí perto da perda de dois amigos não é nada. Eles eram profissionais excelentes e agregadores', disse.

 

Tenório, que compareceu à homenagem aos militares, também lembrou do acidente. 'Não corremos nenhum risco, foi tudo feito com muita tranquilidade e profissionalismo. Os pesquisadores, em nenhum momento, correram risco algum', disse.

 

Carlos Alberto Vieira Figueiredo nasceu em Vitória da Conquista (BA) em 1964. Ele ingressou na Marinha em 1982 e, nos 30 anos de carreira, serviu em diversas unidades militares, como supervisor eletricista. Já Roberto Lopes dos Santos nasceu em Salvador (BA), em 1966, e ingressou na Força em 1985. Veterano no Programa Antártico Brasileiro, Santos já havia trabalhado em Comandante Ferraz em duas outras ocasiões, em 2001 e 2007.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

 

Tombini: Brasil está crescendo abaixo do seu potencial

BRASÍLIA, 28 Fev (Reuters) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que nos últimos três trimestres, incluindo o atual, a economia brasileira vem crescendo abaixo do seu potencial. Segundo ele, isso possibilita as reduções na Selic que têm sido feitas pelo BC.

 

Tombini declarou ainda que a redução da estimativa de taxa de juros neutro, revelada em pesquisa do Banco Central com profissionais do mercado financeiro, indica que a percepção do mercado é de melhores condições da economia.

 

Analistas do mercado acreditam que a taxa de juro neutra do país -que não produz pressão inflacionária- está em 5,50 por cento, na mediana das consultas. No levantamento anterior, feito em novembro de 2010, os especialistas viam essa taxa em 6,75 por cento.

 

O presidente do BC participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Fonte: Reuters (Por Luciana Otoni)

 

OAB de Ponta Porã acompanhará investigações sobre assassinato de jornalista | Agência Brasil

Brasília - Uma comissão composta por três advogados ligados à Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Ponta Porã (MS) vai acompanhar o inquérito policial que apura o assassinato do jornalista Paulo Rocaro, morto a tiros no último dia 12.

A comissão especial servirá para assegurar que sejam devidamente cumpridas todas as medidas necessárias para a identificação dos assassinos e para a resolução do crime, como perícias e interrogatórios, entre outros procedimentos.

Criada por meio de uma portaria assinada pela presidenta da 5ª Subseção da OAB, Nina Negri Schneider, a comissão é formada pelos advogados André Orue Andrade, João Batista Sandri e Ricardo Soares Sanches Dias.

Ontem (27), Nina Negri se reuniu com o presidente do Clube da Imprensa de Ponta Porã, o radialista Diovano Cézar. Ele relatou que os profissionais da área que atuam no estado estão preocupados diante das notícias de que outros jornalistas e radialistas estão sofrendo ameaças por conta de seus trabalhos.

Filiado ao PT de Ponta Porã (MS), Rocaro havia participado de uma reunião política e voltava para casa quando, no final da noite do dia 11, foi alvejado por dois motoqueiros que dispararam ao menos 12 vezes contra seu carro e fugiram sem levar nada. O crime ocorreu em uma avenida do centro da cidade. Atingido por vários tiros de pistola calibre 9 milímetros, o jornalista foi levado para o hospital mais próximo, mas não resistiu aos ferimentos.

Além de fundador do site Mercosulnews, Rocaro era editor-chefe do Jornal da Praça, em que trabalhava há quase 30 anos. Ele também publicou três livros, entre eles um sobre a atuação de grupos de extermínio na fronteira Brasil-Paraguai.

Rocaro foi o segundo jornalista brasileiro morto este mês. Quatro dias antes, o jornalista Mario Randolfo Marques Lopes e a companheira dele, Maria Aparecida Guimarães, foram mortos na cidade fluminense de Barra do Piraí (RJ). Um terceiro jornalista já havia sido morto em janeiro. Funcionário da Rádio Sucesso, de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (BA), Laércio de Souza, de 40 anos, foi assassinado a tiros.

Entidades profissionais e de defesa dos direitos humanos, como a Sociedade Interamericana de Imprensa e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), condenaram os assassinatos e cobraram medidas para garantir a segurança dos profissionais da área.

No último dia (18), a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, referiu-se aos assassinatos de jornalistas como 'crimes de extermínio' e cobrou do Congresso Nacional a aprovação da proposta que transfere à esfera federal a investigação e o julgamento dos crimes cometidos por milícias ou grupos de extermínio.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil